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Mercado brasileiro de TI deve crescer 2,6% em 2016, afirma IDC

17 de março de 2016

A IDC está otimista com relação à evolução do mercado brasileiro de tecnologia da informação ao longo dos próximos doze meses. A consultoria, apesar ainda não ter fechado os números de 2015, estima uma expansão da ordem de 2,6% nos investimentos em TI realizados no Brasil sobre o período anterior. Dessa forma, o setor deve manter um faturamento superior aos US$ 60 bilhões, “mesmo diante de um cenário economico adverso”, ressalta a empresa. Os investimentos previstos terão como norte uma busca das organizações por eficiência a partir do uso de recursos computacionais e por diferenciação competitiva. A consultoria listou dez tendências do que acredita dará a tônica do setor de tecnologia no Brasil em 2016. Confira.

1. Migração para o digital – O conceito de digitalização permeia muitas das estratégias das companhias. Isso deve se acelerar entre as companhias brasileiras a partir desse ano. A busca por transformar-se em um negócio digital mexerá com aspectos organizacionais, forçando uma (ainda maior) aproximação da tecnologia com líderes de negócio, que puxarão as iniciativas. De acordo com a IDC, mais da metade (54%) das médias e grandes empresas brasileiras embarcarão em projetos de transformação digital ao longo de 2016, o que deve impactar muitos investimentos em contratação de soluções de cloud, big data, mobile e social.

2. Estagnação dos dispositivos – Depois de um longo período de expansão acentuada, a venda de equipamentos parece atingir um patamar de estabilidade no Brasil. A consultoria projeta que, ao longo dos próximos doze meses, sejam comercializado algo próximo a 40 milhões de celulares, 6 milhões de PCs e 5 milhões de tablets, números bem abaixo dos registrados no passado recente. Porém, a expectativa é que comecem a emergir compras de novos tipos de dispositivos. A ideia é que se verifique certa evolução na compra de impressoras 3D, tecnologias vestíveis, drones e equipamentos de realidade virtual/aumentada no País. Ainda será algo tímido (por exemplo, a previsão é que sejam vendidos cerca de 250 mil wearables no mercado brasileiro em 2016), o que não justifica a implantação de fábricas em solo nacional. Porém, a perspectiva futura é interessante.

3. Cada vez mais “coisas” – A internet das coisas (IoT) deve começar a ganhar massa crítica. É possível que os primeiros projetos práticos venha à tona esse ano. Se até agora, se ouviu bastante, a expectativa é que fornecedores de hardware e provedores de plataforma ajudem a alavancar a aplicação do conceito.

4. Bancos de bolsos – Os pagamentos realizado por meio de dispositivos móveis devem ganhar tração em 2016. Na visão da IDC, a gasolina que vai fazer esse mercado andar rápido virá da camada da população que ainda não faz parte do sistema financeiro formal. Esse contingente não bancarizado deve formentar uma economia cada vez mais balizada por apps e smartphones.

5. Desequilíbrio de telecom – A consultoria aponta que as operadoras de telecom enfrentarão um cenário atípico, e devem amargar declínio de 0,5% de suas receitas no mercado corporativo. Isso ocorrerá devido a queda de receitas em serviços fixo e móveis – sendo que o faturamento que essas organizações tem em ofertas como data center, por exemplo, não conseguirá reverter a queda. Na frente de consumo, há uma migração cada vez maior para serviços pós-pagos.

6. Restrição ao Byod – A mobilidade não vai deixar de avançar dentro das empresas. Porém, o contexto tende a ser um pouco diferente, com as organizações buscando maior controle e restringindo ao máximo a entrada de aparelhos consumerizados em sua estrutura formal. Por outro lado, a IDC afirma que será cada vez mais comum as companhias brasileiras fornecerem dispositivos móveis e adotarem ferramentas de gestão desses aparelhos. A ideia por trás disso é uma busca por maior sensação de segurança.

7. O avanço da nuvem – A cloud computing finalmente chega a um estágio de maturidade entre as companhias brasileiras. Pelas projeções da consultoria, o mercado de nuvem no País crescerá muito mais rapidamente do que o restante da indústria de tecnologia. Isso irá ocorrer porque a TI passa a ser vista com uma área de custo variável, que precisará adequar recursos de acordo com a demanda. E a elasticidade da nuvem endereça perfeitamente a esse desafio. Além disso, e diferente do que pode ser visto em outras regiões e economias mais maduras, onde se aponta para um contexto de consolidação – há uma expectativa de chegada de novos players, com distintas ofertas, para competir pelo mercado brasileiro de cloud.

8. Sempre segurança – Não há dúvidas que a segurança seguirá em alta no futuro da tecnologia cada vez mais embrenhada na vida das pessoas. Frente a contextos cada vez mais complexos e de recursos tecnológicos pervasivos, as empresas precisarão evoluir na discussão para se manterem protegidas. Isso, no fim do dia, deve impactar em aumento nos orçamentos destinado a ferramentas e soluções de proteção.

9. Analytics por toda parte – O mundo (e o Brasil) viverá uma proliferação de ferramentas analíticas. Esse movimento será habilitado por uma disponibilidade cada vez maior de recuros e ferramentas. Pelas projeções da IDC, as soluções de analytics movimentarão US$ 811 milhões, no Brasil, em 2016. Esses esforços buscarão comprovação de retorno em curto prazo.

10. O cliente no centro – Uma das premissas da economia digital prevê um foco cada vez maior nos consumidores. A ideia é que as organizações no País se esforcem para buscar um incremento de receitas, o que puxará iniciativas inclinadas ao social business. A tendência indica que 25% companhias brasileiras terão algum projeto de social em 2016.

Perdendo espaço na América Latina? O mercado brasileiro crescerá a uma taxa menor do que em outros países latino-americanos. A IDC espera uma “ligeira recuperação” nos gastos com tecnologia em outras nações da região. A expectativa é que o setor de TI movimente US$ 130 bilhões e o de telecom, US$ 213 bilhões, na América Latina em 2016. Combinadas as projeções nessas duas frentes, o segmento de TIC na região avancaria 3,3% sobre os números do ano anterior.

Fonte: CIO

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