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TI deve migrar da gestão de projetos para a de produtos, prega o Gartner

29 de outubro de 2018

Essa mudança mexe mais com a cultura do que com processos

Déborah Oliveira
Publicada em 24 de outubro de 2018 às 17h30

Até pouco tempo, projetos tinham começo, meio e fim. Parece natural e até mesmo lógico, mas a nova era exige uma reformulação completa desse conceito. Esse quadro fará com que empresas migrem da gestão de projetos para a gestão de produtos.

“Projetos executados há anos pela TI são realizados e acabam. Pense em seu celular, se você nunca fizer uma atualização, ele ficará parado no tempo. Produtos evoluem sempre e TI terá de, a partir de agora, tratar projetos como produtos. Em vez de ter um final, ele evolui sempre”, ensinou Donald Feinberg, VP e analista distinto do Gartner.

Feinberg entende que essa mudança, contudo, é uma grande transformação e mexe mais com a cultura do que com processos. “Essa alteração na forma de trabalhar não significa contratar dezenas de pessoas. Pode-se contratar um a dois talentos e treinar pessoas na empresa para esse novo pensamento. É uma grande transição cultural que precisa ser feita”, revela.

E esse novo papel, pelo menos por enquanto, não será tão fácil de compreender na estrutura corporativa. Feinberg alerta que esse profissional não é nem de TI, nem de negócios. “Ele é o dono do produto, é o dono do budget, é o gerente de produto”, contou, promovendo uma reflexão de que hoje talvez essa função esteja espalhada em diversas áreas da empresa, como marketing e operações. “O melhor perfil que se pode ter como referência é um gerente de produto de uma empresa de software”, completou.

Cenário de TI para 2019
Falando sobre os desafios dos CIOs para 2019, Feinberg ressaltou que os gastos com TI no Brasil deverão saltar nos próximos anos e alertou para um fato que já vinha sendo ressaltado pela empresa há alguns anos. Em 2017, os gastos com hardware eram da ordem de US$ 2,1 bilhões em solo nacional.

Em 2022, a expectativa é de que o número caia para US$ 1,9 bilhão, um reflexo direto da crescente adoção da nuvem. “Um dos analistas do Gartner escreveu recentemente sobre a morte do data center. Ele está com os dias contados, pois tudo está indo para a nuvem”, sentenciou.

No outro oposto está o crescimento do investimento software, de US$ 4,8 bilhões em 2017 para US$ 7,8 bilhões em 2020, e serviços, de US$ 15,6 bilhões em 2017 para US$ 19,5 em 2022. O gasto com nuvem pública saltará no período de US$ 2,5 bilhões para US$ 5,2 bilhões.

O executivo comentou, ainda, que cada vez mais as áreas de negócios, que o Gartner batizou de line of business (LOB), terão poder para mais investimentos, sendo os grandes financiadores de tecnologia.

5 desafios para 2019
Valentin Sribar, vice-presidente sênior do Gartner, comentou que para o próximo ano, o Gartner identificou cinco desafios-chave para os líderes de TI, em um ciclo que o instituto de pesquisas batizou de “ContinousNext”, uma estratégia para vencer em um mundo em constantes mudanças.

São eles: gestão do produto, privacidade, cultura, inteligência aumentada e gêmeos digitais. Este último, uma tendência que começou a ser vista neste ano, que faz com que empresas testem no ambiente digital seus produtos para em seguida levar para o ambiente físico, reduzindo tempo e dinheiro.

“Líderes de TI devem ser capazes de formatar, mudar e compartilhar essa nova realidade”, finalizou Valentin.

 

Fonte: cio.com.br (Gestão)

 

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